Influência do “imprinting metabólico” no desenvolvimento infantil: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.29327/multi.2020017Keywords:
obesidade, obesidade materna, metabolismoAbstract
Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que coexistindo paradoxalmente com a desnutrição, uma epidemia global de sobrepeso e obesidade cresce atualmente em muitas partes do mundo. Dados da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, indicam que 50% da população brasileira encontra-se acima do peso (sobrepeso e obesidade). A obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo e sua projeção para 2025 é de cerca de 2,3 bilhões de adultos em sobrepeso e mais de 700 milhões de indivíduos dentro do quadro de obesidade. Nesse cenário, é possível observar o aumento na prevalência da obesidade em mulheres grávidas. A obesidade é uma doença inflamatória, sistêmica e multifatorial que pode contribuir na perda da qualidade de vida e homeostase, favorecendo o surgimento de enfermidades crônicas tais como diabetes, hipertensão, dislipidemia, entre outras. Em que pese, o conhecimento atual sobre o tema, ainda não são inteiramente conhecidas as influências do aleitamento materno e seus reflexos no desenvolvimento ponderal infantil. Esta revisão integrativa objetivou investigar o conhecimento atual sobre a influência do aleitamento materno no desenvolvimento ponderal infantil. Para isso, realizou-se uma análise das publicações indexadas na base de dados do Medline/PubMed® do Instituto Nacional de Saúde Americano (National Institutes of Health). A pesquisa foi realizada no período compreendido entre 1º de janeiro de 2000 a 1º de junho de 2020, utilizando os descritores na língua inglesa: “Metabolic imprinting”, “Maternal obesity”, “Metabolism”. A pesquisa revelou 66 artigos. Destes, foram selecionados 25 artigos cujo resumo ou texto completo apresentaram compatibilidade com o tema. Embora em sua maioria, os estudos tenham demonstrado uma associação entre a obesidade materna e efeitos deletérios na prole, os mecanismos moleculares subjacentes a má programação fetal continuam desconhecidos. No entanto, sua elucidação poderá viabilizar estratégias terapêuticas que atuem prevenindo ou melhorando suas repercussões.
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